sexta-feira, 11 de maio de 2012

Uma mãe honrada.

   Maria de Nazaré


   Nenhum outro ser foi mais íntimo de Jesus na terra do que sua mãe, Maria. Todos os evangelhos e o livro de Atos falam sobre ela como uma mulher preparada de modo especial para participar da vida de seu Filho na terra. Como mãe, ela é igual a qualquer uma de nós, mas foi mais abençoada do qualquer outra mulher por ser a mãe de nosso Senhor.

   Mateus apresenta Maria de Nazaré como a esposa prometida de José, um homem "Justo" (Mt 1.19). Quando o anjo Gabriel apareceu anunciando o futuro nascimento de Jesus (Lc 1.26-28), a resposta de Maria revelou sua perfeita compreensão das Escrituras e sua disposição de obedecer a Deus.

   A ideia assustadora de entregar seu corpo virgem como instrumento para a operação do Espírito Santo podia muito bem ser mal compreendida, mas a confiança irrestrita de Maria agradou o coração de Deus (Lc 1.38). Embora a notícia fosse arrasadora, ela se submeteu com alegria à tarefa que lhe foi atribuída. Seu cântico de louvor (Lc 1.46-55) descreve um coração perspicaz, transbordante de exaltação ao seu Senhor.

   Contudo, o discernimento espiritual de Maria estava sempre entrelaçado com seus sobressaltos, como quando, aos doze anos, Jesus se desgarrou da família, ao voltarem de Jerusalém (Lc 2.41-50), ou quando acabou o vinho no banquete de casamento (Jo 2.1-12), ou quando algo lhe dizia respeito durante o ministério dele (Mc 6.2-3; Lc 8.19), ou quando teve de assistir ao horror da crucificação. Mas Jesus sempre respondeu amorosamente às inquietações de sua mãe e, antes de morrer, teve um último gesto de ternura, ao deixá-la aos cuidados de João (Jo 19.25-27).

   Maria e José tiveram outros filhos. Ela, provavelmente, tenha ficado viúva logo cedo, mas isso não impediu que resplandecesse como esposa e mãe dedicada. As aparições públicas de Maria aos pés da cruz (Jo 19.25) e orando após a ascensão do Senhor (At 1.12-14) mostraram ao mundo a sua coragem, e fizeram com que fosse marcada como "um dos seguidores dele", o que a tornava alvo da perseguição juntamente com os discípulos.



   A desconhecida donzela da desprezada cidade de Nazaré da Galiléia (veja Jo 1.46) ilustra para sempre a natureza básica da feminilidade: transmitir à geração seguinte a mensagem da fidelidade de Deus, seja na criação de seus próprios filhos ou desempenhando a tarefa de prover alimento espiritual além do círculo familiar. Maria não foi apenas a mulher que Deus escolheu, por sua soberana vontade, para dar à luz o Cristo Menino, mas foi também uma humilde e devotada seguidora do Messias.


Fonte: Bíblia da Mulher - Editora Mundo Cristão - pág 1249

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