quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Os Filhos do Evangelho



“E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo.” (Mateus 4.23)

O chamado de Jesus nunca foi um chamado para algo que não fosse Ele mesmo. Sua mensagem era o evangelho do reino. Ele mesmo ensinou que este evangelho era mais acessível àqueles que estavam longe do que aos que se julgavam perto.

Também vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e reclinar-se-ão à mesa de Abraão, Isaque e Jacó, no reino dos céus; (estes são os de longe) mas os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes (estes são os que se julgam perto) (Mateus 8.12)

Evangelho significa Boas Novas, mas este só chega como boas novas àqueles que existencialmente estão à procura de uma resposta de alívio para as cargas da vida. Quem está bem não o reconhece como Boas Novas, mas até mesmo como ofensa pela implícita alegação de que para receberem as Boas Novas devem antes considerarem-se doentes. Afinal Ele disse que os são não precisam de médico, mas sim os doentes.

Aqueles que se julgam sãos confiam em sua própria justiça, como o irmão mais velho do filho pródigo: “nunca transgredi um mandamento teu”. Ele se julgava filho por méritos. Trabalhava até tarde no campo. Não tinha tempo para festas. Por isso mesmo ele não compreendeu a graça do pai para com o irmão. Ele queria justiça, pois pretensiosamente ele pensava que se a justiça fosse feita ele sairia ileso e seu irmão seria punido. Este é o engano de muitos evangélicos hoje. Pensam que satisfizeram a justiça de Deus. São pretensiosos. Se julgam melhores que os outros. Mais santos, mais justos e mais dignos. Pensam que estão perto. São filhos da justiça própria.

Aqueles que se julgam doentes sabem que não tem nenhuma justiça para apresentar a deus. São os que desistiram de agradar a Deus na carne. Dependem sempre da aceitação incondicional do Pai. São como o filho pródigo: “não sou digno de ser chamado seu filho e nunca serei”. Mas ele aceitou o anel, o manto e a festa mesmo sem merecer e seu coração ficou em paz.

Como evangélicos somos tão viciados na justiça própria que vemos a atitude do pródigo de levantar-se e voltar para casa do pai como méritos que garantiram sua aceitação. Engano. Ele já havia sido aceito antes de voltar. Ele era aceito e esperado todos os dias, todas as horas, minutos e segundos. E assim é você diante do Pai. Ele já te aceitou em Cristo. Você diz: “Paulo, Deus não pode me aceitar. Você não sabe a vida que eu estou levando”. Não! Ele aceita você! E digo mais. Cada dia que você acorda com vida é graça de Deus te convidando para a festa de celebração do seu retorno para Deus. Venha com o seu coração para Ele. Torne-se um filho do Evangelho, um filho das Boas Novas. Talvez você seja filho da igreja, talvez filho de uma religião. Você guarda normas e regulamentos. Você pensa que é justo o suficiente para agradar a Deus. Não! Para se tornar um filho do Evangelho você tem que desistir de toda a sua justiça própria e confiar apenas na bondade do Pai.

Pr. Paulo Costa

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