segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dízimo






Uma das perguntas que muitos Cristãos costumam fazer com relação ao dízimo é se ele ainda é requerido na Nova Aliança. Muitos acham que, pelo fato de ter sido instituído sob a Antiga Aliança – sob a Lei -, o dízimo não diz respeito aos que vivem sob a Nova Aliança.
Para responder a essa questão, é preciso determinar em que momento o dízimo foi de fato instituído. Ele não é uma norma ou tradição humana. Não é um ritual da Lei. É uma expressão do relacionamento que temos com Deus, e é o método que Deus usa para derramar as suas bênçãos sobre nós.
O dízimo não começou com a Lei. Deus o estabeleceu antes da Lei. A prática de dar um décimo do fruto da terra e dos despojos de guerra aos sacerdotes e reis era um costume muito anterior à época de Moisés.
Abrão deu dízimo de seus despojos de guerra quando venceu os reis de Sodoma e Gomorra. Ele reconheceu Melquisedeque como representante de Deus e entregou-lhe o dízimo. “Este homem (Melquisedeque), que não pertencia a linhagem de Levi, recebeu os dízimos de Abraão e abençoou aquele que tinha as promessas” (Hb 7.6). Jacó prometeu a Deus que daria o dízimo de tudo que Ele lhe concedesse (Gn 28.22).
Mais tarde, como parte de sua aliança com Israel, Deus exigiu o dízimo dos israelitas – um décimo de tudo que possuíam. Deus considerava o dízimo propiedade sua. Os israelitas entregavam a Ele o que já lhe pertencia. “Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor” (Gn 28.22).
Quando estabeleceu a Nova Aliança, Jesus não aboliu a prática do dízimo. Ele declarou: “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mt 5.17). ele confirmou que não devemos negligenciar o dízimo. Aos fariseus, Ele disse: “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas” (Mt 23.23). ele não os reprovou pela observância do dízimo, e sim pela negligência nas questões mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade.
O ensino de Jesus estabeleceu um novo nível para contribuição, o qual excede o dízimo. Ele ensinou, com as suas palavras e atitudes, que o ato de contribuir deve ser um estilo de vida. Jesus é o nosso Padrão. Diante do preço supremo que Ele pagou, temos também de estar dispostos a dar não apenas 10%, mas 100% de tudo que somos e possuímos!
Não nos limitemos ao dízimo. Contribuamos com 100% de nós mesmos – tempo, talentos, finanças – para cumprir a vontade de Deus na terra.
O dízimo, portanto, faz parte da Nova Aliança, mas Deus deseja levar-nos para além desse nível. Na Nova Aliança, a nossa oferta a Deus não é mais limitada a uma fórmula nem ditada pelo dever. Ao entregar os nossos dízimos e as nossas ofertas a Ele, devemos fazê-lo de acordo com o padrão que Cristo estabeleceu: contribuir SEM LIMITE, GENEROSAMENTE!
Não estamos presos a nenhuma abordagem legalista: a nossa contribuição deve ser de acordo com a direção do Espírito Santo. Não contribuímos por obrigação, e sim por causa da aliança que firmamos com Deus. Se fizermos isso, Ele derramará as suas bênçãos sobre a nossa vida com tamanha abundância que não apenas serão supridas as nossas necessidades, como também a obra do senhor em todo mundo continuará a florescer, e o seu plano para o final dos tempos será cumprido.

Fonte: Bíblia de Estudos – Editora Central Gospel – págs. xxii e xxiii

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