quarta-feira, 5 de maio de 2010

Três marcas de um pai piedoso - parte 2

Marca 2: De vez em quando ele se volta e olha para o filho, para fazer-lhe saber: “Você não está sozinho!”.


O pai piedoso trilha o bom caminho, sabendo que seu filho está caminhando trinta anos atrás de si. O filho observa por trás e, sem dialogar com o pai, ouve a mensagem: isto pode ser feito.


De quando em quando, num cronograma que parece frustrantemente aleatório e totalmente imprevisível, o bom pai pára, volta-se, e fita seu filho. Até que se volte, o filho sente a distância entre ele e o pai, não uma distância fria, árida, mas, mesmo assim, uma distância. Ele anela por ouvir mais do pai do que a mensagem dada por seu exemplo, a mensagem de que realmente é possível permanecer fiel ao chamado que recebeu como homem. Ele quer se sentir ligado, ouvido, levado em conta. Ele anseia por saber que o homem que o aplaudiu na competição de judô na adolescência e que se levantou orgulhosamente para aplaudir, na sua formatura de faculdade, ainda está envolvido, ainda está interessado, ainda traz o filho no coração. Significa muito para o filho adulto perceber que o pai está de joelhos diante do trono, mencionando o nome do filho e saber que o pai sente a dor de toda a luta – e o gozo de toda vitória – na vida do filho.
Quando o pai se volta, o filho recebe um olhar que apaga toda dúvida: “Papai ainda se importa. Não estou sozinho!”. O pai piedoso se volta para o filho – talvez numa carta, num telefonema, numa visita – não para instruir ou admoestar. Há uma hora e um lugar para esse tipo de comunicação, mas o propósito central do pai é ouvir. Quando se volta, ele não fala, convida. Mesmo aquelas cartas nas quais o pai não consegue resistir a uma palavra de conselho oferecem mais do que impõem recomendação. Ele respeita o enorme direito e responsabilidade do filho de fazer suas próprias escolhas.”
Extraído do livro “O silêncio de Adão” – Larry Crabb

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